Textos extraídos da coluna Releitura, Jornal Sinal de Fumaça do Terreiro de Umbanda Tribo de Aruanda.
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segunda-feira, 2 de maio de 2011

CURA E FELICIDADE

Poderoso rei que depois de vários casamentos fracassados escolheu uma bela jovem como esposa. Antes de uma viagem, o monarca ofereceu a sua prometida as chaves do palácio, com a ressalva de nunca entrar num dos aposentos que se abria com uma pequena chave dourada.
A jovem percorreu o luxuoso palácio, porém, intrigada e curiosa pela proibição, quebrou a promessa e abriu o quarto secreto que guardava os cadáveres das ex-esposas. O rei descobriu a desobediência e a jovem conseguiu se salvar por milagre, defendida por seus irmãos que mataram o rei.
Esta é a famosa história do Barba Azul. Você já deve conhecê-la.
                Mais um domingo daqueles preguiçosos que me leva a passar o dia inteiro em frente à televisão, vendo programas que até então eu não acreditava me acrescentar algo construtivo. Ledo engano. Acompanhei a história de uma filha que depois de 30 anos queria reencontrar sua mãe. Esta havia sido doada por ela quando criança, e no palco daquele programa de entretenimentos, o reencontro aconteceu. A palavra norteadora deste texto é sem dúvida o perdão. De um lado, a mãe que entregou sua filha quando criança, do outro, a filha, que movida por motivos maiores que nosso entendimento não queria nada mais que reencontrar sua genitora. Lágrimas. Muitas delas, minhas.
                                O perdão é um processo mental ou espiritual de cessar o sentimento de raiva ou ressentimento contra outra pessoa ou si mesmo, decorrente de uma ofensa percebida, diferenças, erros ou fracassos, ou cessar a exigência de castigo ou restituição. Não é o esquecimento completo e absoluto das ofensas (impossível), mas sim diz respeito ao nível de maturidade que temos para lidar com estas. Vem do coração, é sincero, generoso e não fere o amor próprio do ofensor. Não impõe condições humilhantes tampouco é motivado por orgulho ou ostentação. O verdadeiro perdão se reconhece pelos atos e não pelas palavras.
Charles Perrault nos presenteou com contos que embalaram a infância de um inestímavel número de crianças por todo o mundo. Ainda embala. O olhar que quero propor é aquele que resgata conceitos guardados no conto do Barba Azul e vão muito além de um rei assasino e cruel. Convido você a, desarmado, me dar a mão e passear por uma estória épica, sensível e contemporânea, acredite.
O quarto proibido representava o passado do rei, que deveria ficar oculto. Ao ser revelado  é motivo de rancor.
Nosso passado é diretamente responsável pelo que somos hoje. Nele contém fatos que por muitas vezes não sabemos lidar, por outras sabemos e por outras ainda preferimos trancar em um quarto com uma pequena chave dourada. Quando esta porta é aberta, seja por mim ou outro, alguns fantasmas vem a tona. Na umbanda vejo centenas de pessoas sentando em frente às entidades com esta chave na mão. Sem coragem de abrir, pede que a entidade em sua frente o faça. Vejo também pessoas com a porta já aberta, resolvendo se vão correr atrás desses fantasmas e colocá-los um a um no lugar do qual nunca deveriam ter saido. Outras simplesmente não comentam a existencia de determinadas portas e por olhar demais pela janela, associam muitos dos seus fracassos ao fora. Não estou aqui para dizer a você leitor, que pegue suas chaves e saia abrindo portas. Repito uma citação que fiz de Clarisse Lispector no texto anterior: “Até cortar nossos próprios defeitos pode ser perigoso. Ninguém sabe o defeito que sustenta nosso edifício inteiro...”. O que faço questão é propor uma tomada de consciencia. Sim, todos temos portas. Algumas bem fechadas, outras nem tanto. Todos.
Quando o rei oferece a chave e proibe. Estimula a curiosidade.
                O mesmo rei que não quer seu quarto aberto, oferece-a a chave do mesmo.
A curiosidade existe, isto é fato. Abrimos portas e oferecemos diversas chaves de forma inconsciente ou mesmo consciente. Nosso mais profundo interior deve mesmo ser revelado ou seria algo de cada um? Quantas coisas nos induzimos ou somos induzidos? Então, o que acha de induzir o perdão? A partir da nossa tomada de consciencia, juntos, vamos tecendo um raciocinio acerca dele, antes que acabemos abrindo portas que não conseguiremos mais fechar.
Não pode-se negar que o perdão esta diretamente ligado a um contexto religioso. Eu me perdoo ou perdoo o outro e me elevo. Tanto me elevo a ponto de colocar o outro na condição de culpado. Se do contrário, se preciso do perdão para continuar, acabo me colocando na condição de culpado. Porém, entre culpados e perdoados, o erro continua existindo. Complexo ? Nem tanto se entendermos o perdão de outra forma.
Constantemente nos colocamos na condição de julgar e darmos o perdão a alguém, ou sermos perdoados. Porém, quando nos reconhecemos como humanos veremos que também podemos errar, assim como o outro. Não existem formulas para ligar com erros e acertos, por isso insisto na tomada de consciencia. Tomada esta que coloca todos no mesmo nível e condição, a condição de seres humanos, ´errantes´ e ´acertantes´ que somos. Acredite, perdoar tem mais a ver com aceitar, reconhecendo-nos enquanto seres humanos. Não precisamos então colocar-nos no papel do que erra ou acerta, traído ou traidor, culpado ou inocente. Não sou mais forte que ninguem, nem você. Sei que lidar com erros e acertos e principamente com a aceitação é algo no mínimo torturoso. Mas porquê nao darmos uma chance a nós mesmos? Não ao outro, a nós mesmos.
Barba azul matava suas ex-esposas. Você não precisa matar seu passado, apenas reconhecê-lo como algo que te fez crescer.
Opss , não falei nada sobre a gira ontem ? Bem, a primeira parte foi linha do Oriente – CURA – já a segunda, Ciganos – FELICIDADE. Preciso dizer mais ?
SARAVÁ a todos nós, seres-humanos. Você não é ser-humano ?

16 comentários:

  1. Amigo Marinho, ótimo texto, ótimas colocações! Você fala sobre o ato de perdoar. Foquei nisso, porque muitas vezes perdoar a si próprio é muito difícil, pois implica no auto conhecimento e isso dói e muito. Abrir a porta, ou o baúzinho que temos escondido é difícil. Em 17.11.2008, recebi uma mensagem psicografada do amigo espiritual Sergio. Se você me permite, gostaria de citar um trecho que é muito pertinente ao que você escreve:"O mergulho para dentro de si é um instrumento precioso que deverá ser ao mesmo tempo tranqüilo e confiante, pois nas profundezas de nossa alma estão impressas nossas verdades. Não tem nenhuma importância se aí encontrarmos defeitos que queremos esconder de nós mesmos,
    limitações que nos façam ficar constrangidos. É mais importante o saber-se humano, o saber-se imperfeito, o saber-se espírito em caminhada de aprendizagem. O autoconhecimento nos preparará melhor do que qualquer estudo para nossa jornada de elevação espiritual."(Sergio)
    As vezes em que nos colocamos como vítimas, como coitadinhos,é exatamente quando nos falta coragem para abrir nosso baú e olhar lá dentro. O que não conseguimos resolver, varremos para baixo do tapete e aí depois somos cobrados a nos rever, a nos aceitar e nos burilar, pela nossa própria consciência.
    Paz e luz, Marinho
    Moema

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  2. Sempre que venho comentar aqui tenho que a impressão de que vou escrever um texto tão extenso quanto o seu.
    A maneira como expõe cada tema é provocativa e instigante.
    Perdoar é realmente difícil. Depois de muito viver, apesar da pouca idade, aprendi o que vc concluiu com extrema facilidade: não somos ninguém para perdoar. Não nos cabe perdoar ninguém. O que nos cabe é entender que somos tão humanos e carnais quanto qualquer um. Por trás de qualquer erro e decepção que temos com alguém temos que, antes, pensar quais foram os possíveis motivos para a pessoa ter feito aquilo. Ainda, saber se a pessoa sabia da expectativa que tínhamos sobre ela.
    Graças a pai Oxalá, consigo lembrar de boa parte das consultas e sei que a Dna Molambo sempre fala que as pessoas colocam muita expectativa nos outros porque não conseguem entender que são responsáveis pela própria fortuna.
    Comigo foi assim. Eu soube que ia sofrer em um momento da minha vida. Mas estive disposta a arriscar tudo por isso. É óbvio que o desfecho não foi outro. Mas não me arrependo de um uma folha que caiu da árvore que balancei.
    Conhecer-se e permitir-se faz parte do perdão e do crescimento pessoal.
    Renata Setti Nogueira

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  3. oi Mario ja tinho visto seus textos de outros temas mas nunca tinha os lido, li todo esse último da CURA - FELICIDADE, legal que você elabora suas idéias das coisas que você observa, vive naquele determinado momento. A forma como vocè coloca, relaciona a coisas da vida com as histórias, fantasias, lendas, que de fato cada uma tem aquele baú nelas, que cabe a nós acreditar nestes baús ou não, você trás isso para o real, o vivo, que toca de uma forma muito simples, amar e perdoar o próximo.
    Esse texo é muito forte e ao mesmo tempo frágil, mexe com os sentimentos mais profundos de cada um de nós, que é o aceitar ou adimitir o próprio erro, isso é muito íntimo de cada pessoa, é um sentimento que nos prende e nos liberta onde so depende de nos mesmos a felicidade de aceita o outro e continuar a vida.

    MARIO MUITO BOM ADOREI ...

    PAPAI THOMAS

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  4. Marinho,
    Como sempre seus textos são muito bons e coerentes, gostei muito da analogia com o Barba Azul e é isso mesmo: quem não tem alguma chave dourada guardando memórias? Flashes de acontecimentos que nada mais são do que as peles mortas que vamos substituindo ao longo da vida, mas que teimamos em guardar. Sabemos que não vai adiantar nada, mas como me livrar de uma coisa que faz parte de mim!!??!?? Pois é, acho que nos agarramos a esses pedaços de passado, como se sem eles, perdêssemos nossa identidade.

    Lanço uma proposta, que tal destrancar todas as portas e jogar fora as chaves? Não é pra abrir as portas, só destrancar...

    Axé,
    Ney Brasil

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  5. Adorei seu texto Marinho,isso me fez parar e pensar um pouco, nas coisas que passaram na minha vida...Quantos erros a gente comete,mas so espera que os outros nos perdoem...Pq nao perdoamos aos que tbem nos fizeram algum mal...nossa passagem por aqui ,e tao rapida,que muitas vezes deixamos de viver,so para ver se o outro vai quebrar a cara...Pra mim e para minha familia,a umbanda entrou em nossas vidas, num momento de dor.. mas agradeço a oxala meu pai, pelo que somos hoje..E por todas as coisas boas que aconteceram conosco...que bom que existe pessoas como vc...Abraço
    Osmari Malinowski

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  6. Marinho, interessante como nós costumamos falar em perdoar. O Pai Maneco tem passagens muito boas sobre o perdão. A sua máxima é quando alguém lhe pediu perdão e ele disse que perdão não se pede, conquista-se. Teu texto está muito bom. Axé, Pai Fernando - Terreiro do Pai Maneco

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  7. Marinho meu amado...que texto maravilhoso...Eu na época da faculdade escrevi vários textos sobre "nossas portas",e no espetáculo do final de ano desenvolvi uma coreografia sobre este mesmo assunto...Abrir, fechar, vasculhar, conhecer, compreender, sentir...conscientizar...
    Nós mesmos criamos uma programação mental para evitar sofrer, quando na verdade deveriamos confrontar a realidade e viver ao invés de negar. O gesto de perdoar o outro, ou de se perdoar faz parte disso...é doloroso, mas faz um bem danado depois que concretiza. Eu aprendi com os anos, que as pessoas próximas vão sim nos decepcionar e que nós mesmos fazemos isso com nosso organismo, mas que carregar estes sentimentos só pesa para nós mesmos. Portanto, não perdoamos o outro e sim compreendemos o que sentimos em relação a este e tomamos consciencia de que abrir a porta e olhar com os olhos abertos o que nela existe, faz com que as feridas sumam e se tornem cicatrizes indolores.
    Eu sou curiosa e abro minhas portas sempre!!!
    Beijos meu querido amigo,
    Maureen Rodrigues

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  8. Todos nós buscamos a felicidade. Mas que felicidade é essa que quanto mais se procura mais distante fica? Para que realmente a encontremos é necessário conhecermos a nós mesmos e colocarmos em prática a nossa reforma íntima, ou seja, a renovação das nossas atitudes.Infelizmente, nosso conceito de perdão pode limitar ou dificultar a nossa capacidade de perdoar. Dizem que perdoar é coisa de gente fraca , medrosa, boba. Possuímos crenças negativas de que perdoar é aceitar de forma passiva tudo o que nos fizeram. Achamos que perdoar é aceitar agressões, desrespeito aos nossos direitos. Muitos afirmam: "eu não levo desaforo para casa!..." Somos alguns destes?
    Será que a pessoa que perdoa demonstra fraqueza de caráter? Tenho certeza que não.
    Não existe uma razão plausível para não perdoar, mas existem muitas razões para exercitarmos o perdão...só assim encontraremos a felicidade!

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  9. Saravá Marinho!!!
    Serei humano? Será?
    Sim... Sim... Sim...
    Sou humana e como tal só sei que perdoar-se ou perdoar dói, dói muito... Mas como toda dor, passa, e fica lá num dos nossos quartos trancados, quartos esses, que alguns de nós revisitamos, aprendemos com as lembranças e usamos do aprendizado para la na frente procurarmos não cometer os mesmos erros, triste é não se abrir nunca as portas do passado, trancafiá-las de tal forma que em determinados momentos começam a sair monstrinhos pelas frestas e aí a pessoa ja ta tão confusa, que não consegue nem imaginar da onde vem esses monstrinhos, pois esqueceu-se do que trancou naquele quarto, esqueceu-se tanto, que nem lembra mais que aquilo era seu...
    Beijo querido
    Ana Madureira

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  10. Oi Mario,
    Sempre gosto de ler as postagens do blog, sobre tudo essa!
    O que mais me move ao ler é o poder de decisão que temos em nossas mãos. Abrir mão de certos sentimentos e nos colocar como iguais, sem culpados e vítimas, uma relação de humano para humano tornam as coisas mais fáceis. Não muda tudo e não se resolve tudo, mas abre um caminho para entender melhor as situações e a nós mesmos.

    Abraço forte,

    Jair Gabardo.

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  11. Parabens pelo texto!!!!
    Muito bom

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  12. Me surpreendo a cada texto, referente a história do encontro da filha com a mãe, aconteceu na minha cidade Arapongas, e fiquei pensando no poder do perdão, da busca, da aceitação... 30 anos depois os caminhos se cruzam, como deveria ser..cada coisa a seu tempo, como me disse seu Zé Pilintra por diversas vezes...parabéns Marinho pela iniciativa. ( Marcos Welder )

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  13. Oi Mário aqui é a Josi Alcantara!!! Então, eu acho que abrir as portas do perdão pode estar associado a transformação. Eu acredito no perdão, mas acredito também que existe hora certa para conseguir perdoar. Existem várias intensidades de sentimentos de raiva, e os mais intensos precisam, muitas vezes, de muito tempo para se transformar em perdão. Que a falta de não conseguir perdoar pode causar danos inversíveis é fato e quase todo mundo sabe, no entanto será que alguns traumas não estão associados ao carma? E para se transformar é preciso de acontecimentos, e tempo,e encontros e desencontros e religião e muitas vezes : mais de uma existência??? Eu ainda tenho muitas portas trancadas, e sei que eu preciso de muito tempo e ainda não estou pronta para dar a chave dessas a alguém. Bjo enorme Josiele Alcantara!!!

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  14. Adorei!!
    Confesso que tenho uma certa dificuldade nessa coisa do pordão sincero. Pelo menos nessa coisa de realmente cessar o ressentimento. Preciso focar mais nisso para aperfeiçoar. Acho que o perdão faz parte da evolução das pessoas. Evoluir é deixar o passado lá no lugar dele.
    Já sobre meu passado, eu carrego todas as chaves comigo, e vez ou outra abro as portas para dar uma espiada, ou uma avaliada e ver se as coisas estão com seu devido peso aqui no presente.

    Saudades de você!!!
    Se cuida, e continua escrevendo, que faz bem pra gente ler! :)
    Beijão, Mari.

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  15. Marcio - Pai de Santo Tribo de Aruanda4 de maio de 2011 às 04:23

    O perdão é um sentimento muito nobre e por este motivo penso que seja demasiado difícil para conceder verdadeiramente. Digo perdoar com a alma, perdoar não somente para conviver, mas para acertar todas as divergências. Assim lembro das palavras do Pai Joaquim, que nos chama a olhar sempre do outro lado. Penso que perdoa é como estar a beira de uma escada de um castelo que desce para calabouços, com um molho de chaves enormes na mão sendo segura por uma argola, grande e pesada. Coragem pra descer, sentimentos puros de estar frente a frente com seus medos, decepções, angustias, raiva, agonia. Atrás de grades, não de portas, paraque fiquem a mostra, esta tudo aquilo que te aflige, que te sufoca e ao mesmo tempo que esta preso, te prende. E você passa por todos eles sem saber o que fazer. Ou fazer o que sabe que tem que ser feito.
    É difícil descer as escadas, atingir a humildade necessária e deixar todo o resto para trás verdadeiramente.
    Mas, como é estar do outro lado? Qual é o sentimento que se tem estando preso, em uma cela isolado de sentimentos, de amor e perdão? Implorando para que este sentimento nobre apareça e te salve, para que você não sucumba as amarguras, ao desespero e por fim a algum ato extremista que te leve a loucura moral e espiritual. Acho que quem deseja o perdão deve fazer por onde, mostrar que merece. E para quem concede o mesmo, pondere, e verá que será o melhor para ambos.

    Axé

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  16. Elza Maria Patruni4 de maio de 2011 às 17:28

    Na vida só ha uma coisa certa além da morte, não importa se são boas as suas intenções, você cometerá erros. Você irá machucar pessoas e se machucar. E se você quiser se recuperar há apenas uma coisa que pode ser dita:Ëu perdôo".
    Devemos analizar os acontecimentos negativos do passado e reconhecer que passado é passado e que nada vai mudar esses acontecimentos.
    Ninguém é perfeito e por isso,o erro faz parte das nossas vidas.Nós já percorremos inúmeras encarnações,muito já aprendemos e temos que aprender ainda centenas de lições.Por isso não devemos nos contaminar com a raiva,com a mágoa, e sim, passar uma borracha em todos esses sentimentos ruins e perdoar com o coração.
    Em uma gira de Exu, o Exu 7 Catacumbas me disse:Não tenha vergonha de perdoar, pois o perdão é uma virtude e não é pra qualquer um...

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